Escolas que mantêm a mesma equipe de professores há anos e que não vivem grande rotatividade dos alunos --as crianças são conhecidas pelos seus mestres desde as primeiras séries.
Essas são algumas das principais "receitas" de duas escolas públicas da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) que tiveram as melhores notas regionais no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Educação.
A escola municipal Wilson Antonio Gonçalves, de Taiaçu, obteve a nota mais alta no 5º ano (antiga 4ª série) entre os colégios públicos da região.
Já a também municipal José Negri, de Sertãozinho, teve o melhor desempenho no 9º ano (antiga 8ª série).
Na pequena Taiaçu, de 5.894 habitantes, a Wilson Gonçalves abriga 400 alunos --é a única pública da cidade para as primeiras séries do ensino fundamental.
A equipe de professores é a mesma há quatro anos. Na opinião da vice-diretora Cristina Silva Dezem, a boa nota foi obtida pelo foco no português.
"Estamos há três anos reforçando a questão de ler e escrever", disse.
MESMA EQUIPE
A José Negri, de Sertãozinho, está acostumada a liderar o ranking regional. A equipe de docentes e da direção é praticamente a mesma desde 1992, quando a escola surgiu.
E saída de alunos só acontece quando eles mudam de cidade, diz a diretora Inês Angelica Servidoni Cabril.
"Isso faz a diferença porque você já conhece os alunos, as deficiências deles e até os pais das crianças. É complicado escola com alta rotatividade", afirmou.
Com o trabalho contínuo, além da cobrança dos docentes, todos os anos, segundo a diretora, os alunos da José Negri conquistam medalhas em olimpíadas escolares promovidas no Estado e no país ou por universidades como a USP de Ribeirão.
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